"O PROPÓSITO POR TRÁS DA COMPAIXÃO"
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PARA JESUS UMA VIA DOLOROSA, PARA NÓS, UM RASTRO DE GRAÇA, AMOR E COMPAIXÃO!
PARA JESUS UMA VIA DOLOROSA, PARA NÓS, UM RASTRO DE GRAÇA, AMOR E COMPAIXÃO!
MAIS DO QUE VIVER A COMPAIXÃO, É PODER COMPREENDER O MAIOR ATO DE COMPAIXÃO!
A VIA DOLOROSA É A MAJESTADE DA COMPAIXÃO!
QUAL A É RESPOSTA QUE NÓS DAMOS AO MAIOR ATO DE COMPAIXÃO JA VISTO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE?
O horror do sofrimento físico de alguém numa cruz somava-se ao estigma da maldição espiritual reservada a qualquer pessoa pendurada num madeiro.
Enquanto abordamos o assunto do Calvário e refletimos sobre o que o nosso Senhor experimentou quando carregou o nosso pecado e a nossa punição, a nossa coroa de espinhos e a nossa cruz, eu penso nessas palavras e nas palavras dos evangelhos.
A crucificação era uma pena de morte incrivelmente brutal.
A prática fora inventada centenas de anos antes pelos cartagineses, mas os romanos a tornaram sua obra-prima, refinando-a para prolongar a morte do condenado tanto quanto possível — maximizando o sofrimento do criminoso executado e usando-a como uma advertência poderosa para os espectadores.
Qualquer pessoa que tivesse testemunhado a morte numa cruz refletiria cautelosamente antes de testar a paciência de Roma e suas tropas. Qualquer um que fosse tolo o suficiente para opor-se à imposição da lei romana sofreria a mais alta agonia antes de finalmente morrer em miséria e desgraça como punição, verdadeiramente cruel e incomum.
Na realidade, era uma maneira tão brutal, que a morte por crucificação não era permitida como execução para cidadãos romanos.
A TORTURA BRUTAL DA CRUZ!
ASPECTOS MÉDICOS SOBRE A CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO:
O Relato abaixo foi feito pelo médico francês , Dr. Barbet:
“Eu sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei a fundo anatomia. Posso portanto escrever sem presunção a respeito de morte como aquela , a morte de Jesus.
Jesus entrou em agonia no Getsemani – escreve o evangelista Lucas – orava mais intensamente. “E seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra”. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas . E o faz com a precisão dE um clínico.
O suar sangue, ou “hematidrose”, é um fenômeno raríssimo. Se produz em condições excepcionais: Para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo.
- O terror, o susto, a angústia terrível de sentir- se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio.
A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue.
A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas. Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue.
Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo).
MAS, AINDA NÃO É O FIM!
Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, (GRITANDO: CRUCIFICA-O, CRUCIFICA-O) o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; (pesa uns cinqüenta quilos.)
A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregulares, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso, é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, freqüentemente cai sobre os joelhos.
E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. (SUAS COSTAS)
Sobre o Calvário tem início a crucificação.
Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas FERIDAS e tirá-la é INTENSAMENTE CRUEL.
Alguma vez vocêS tiraram uma atadura de gaze de uma grande chaga?
EXPERIENCIAS COMO ESSA, muitas vezes precisa de anestesia?
Podem agora vos dar conta do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas FERIDAS.
Os carrascos dão um puxão violento. Como aquela dor atroz (DOR INSUPORTAVEL, INTOLERAVEL não provoca uma síncope? (PERDA DE SENTIDOS)
O sangue começa a escorrer.
Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca, é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos; HORRÍVEL SOFRIMENTO!
Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado COM CERCA DE 25Cm), o apoiam sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira. Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente.
No mesmo instante o seu DEDO POLEGAR, com um movimento violento se posicionou opostamente na palma da mão; o nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se, como uma língua de fogo, pelos ombros, lhe atingindo o cérebro.
Uma dor mais insuportável que um homem possa provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos. De sólido provoca uma síncope e faz perder a consciência.
Em Jesus não. Pelo menos se o nervo tivesse sido cortado! Ao contrário (constata-se experimentalmente com freqüência) o nervo foi destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha.
A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; conseqüentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical.
Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima, EM CARNE VIVA, esfregaram dolorosamente sobre a madeira áspera.
As pontas cortantes da grande coroa de espinhos o laceraram o crânio. A pobre cabeça de Jesus inclinou-se para frente, uma vez que a espessura do capacete o impedia de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudíssimas.
Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. As feições são impressas, o vulto é uma máscara de sangue. A boca está semi-aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede.
Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma LANÇA, uma esponja embebida DE bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura SEM IGUAL.
Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus.
Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides (UM GRANDE E PODEROSO MÚSCULO DA ARTICULAÇÃO DO OMBRO), os bíceps esticados e levantados, os dedos se curvam. Se diria um ferido atingido de tétano, presa de uma horrível crise que não se pode descrever.
A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios.
A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, ( UM ASSOBIO AGUDO DURANTE A RESPIRAÇÃO) mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. ELE Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em CIANÓTICO.
Jesus atingido pela asfixia, sufoca. Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Que dores SEM IGUAL devem ter martelado o seu crânio!
Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre- humano, Jesus tomou um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforçando-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços.
Os músculos do tórax se distendem. A respiração se torna mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
MAS Porque este esforço? Porque Jesus quer falar: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça.
Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés, É inimaginável!
Enxames de moscas, grandes moscas verdes e azuis, zunem ao redor do seu corpo; irritam sobre o seu rosto, mas ele não pode enxotá-las.
Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura se abaixa.
Logo serão três da tarde. Jesus luta sempre: de vez em quando se ELEVA para respirar. A asfixia periódica O está destroçado. Uma tortura que dura três horas.
Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, NOSSOS PECADOS QUE ESTAVAM SOBRE ELE, lhe arrancaram um lamento: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes?”. Jesus grita: “Tudo está consumado!”. Em seguida num grande brado disse: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. E morre”. Em meu lugar e no Seu .
O sofrimento físico da crucificação sobrepõe-se ao que a mente civilizada pode compreender.
A MAJESTADE DA CRUCIFICAÇÃO!
É IMPOSSÍVEL EU VIVER, OU DEMOSTRAR UM MENOR ATO DE COMPAIXÃO SE A NARRATIVA NÃO ME CAUSAR UM GIGANTESCO IMPACTO ESPIRITUAL!
Esta seria uma morte horrível para o pior vilão, para o mais impiedoso criminoso e para o assassino mais sanguinário. Seria uma forma horrorosa de tratar um animal furioso ou um predador selvagem.
Contudo, este tratamento foi dado ao SALVADOR DO MUNDO, AO CRIADOR E SUSTENTADOR DO UNIVERSO.
ESTÁ além de nossa compreensão O que Cristo tenha suportado, tal tratamento é AO MESMO perturbador, PORQUE pensar que o nosso pecado é tão vil, TÃO SORDIDO, que esta foi a única maneira de sermos redimidos.
ISSO DEVERIA ME IMPACTAR!
Ainda assim o Seu sofrimento físico, tão inimaginável, É SEM DUVIDA, O MAIOR ATO DE COMPAIXÃO JÁ VISTO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE!
MESMO DIANTE DESSE CENARIO DE HUMILHAÇÃO, DE DOR, DE AGONIA INDIZIVEL, DE TORTURA BRUTAL E DE EXECUÇÃO...
… O SENHOR JESUS CUMPRIU O PROPÓSITO PELO QUAL ELE VEIO AO MUNDO ENCARNADO:
O ANUNCIADO TÃO CLARAMENTE PELO PROFETA ISAIAS!
O GRANDE PROPOSITO POR TRAZ DA COMPAIXÃO DE CRISTO ESTÁ EM: QUE EU E VOCÊ O RECONHEÇAMOS COMO SENHOR E SALVADOR DE NOSSAS VIDAS.
O GRANDE PROPOSITO DA MAJESTADE DA COMPAIXÃO:
É QUE MEU CORAÇÃO E O SEU CORAÇÃO SEJA INUNADADOS PELA GRAÇA REDENTORA DE CRISTO!
Ao final do dia, mesmo na cruz, Jesus pensava mais no sofrimento dos outros do que no Seu próprio.
Jo 19.26-27 “Quando Jesus viu sua mãe ali, e, perto dela, o discípulo a quem ele amava, disse à sua mãe: “Aí está o seu filho”, e ao discípulo: “Aí está a sua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a recebeu em sua família.”
Sobre este cuidado carinhoso e compaixão amorosa, James Stalker escreve no (O Julgamento e Morte de Jesus Cristo): “Do púlpito da cruz, Jesus prega um sermão para todas as gerações sobre o quinto mandamento.”
O teólogo Wiliam Barclay concorda, à medida que escreve em seu comentário sobre o evangelho de João: Existe algo infinitamente comovente no fato de Jesus, na agonia da cruz, quando a salvação do mundo estava em jogo, pensar sobre a solidão de Sua mãe nos dias seguintes.
Ele jamais esqueceu os deveres que estavam em Suas mãos. Ele era o filho mais velho de Maria e mesmo no momento da Sua batalha cósmica, não esqueceu as coisas simples que se relacionavam a Seu lar.
ESTA É A DEFINIÇÃO DE COMPAIXÃO!
Em meio aos Seus intensos sofrimentos, Jesus cuidou daqueles que amava e, fazendo isso, concluiu Seu envolvimento com os homens.
Com o cuidado de Maria garantido, seu foco mudou para as coisas do alto, para o propósito por trás de tudo — a enorme tarefa de se tornar o Cordeiro de Deus, o sacrifício pelo pecado da raça humana perdida.
QUAL É A RESPOSTA QUE NÓS DEVEMOS DÁ A ESSE TÃO GRADIOSO ATO DE COMPAIXÃO?
Observe o contraste. Os soldados, lançando sortes pelas roupas dele reagiram de uma forma ao Filho do Homem. Todavia, as mulheres reagiram de maneira bem diferente.
Os soldados estavam lá cheios de cobiça e indiferença, mas as mulheres estavam lá com amor e devoção. Motivos bem diferentes. Corações bem diferentes. Planos bem diferentes.
DE UM LADO UM LADRÃO DE OUTRO LADO, OUTRO LADRÃO, MAS ATITUDES COMPLETAMENTE DIFERENTES...
A RESPOSTA QUE DEVEMOS DAR: Gl 2.20 “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
ILUSTRAÇÃO:
Um professor de Sociologia deu uma tarefa para sua classe: escolher 200 meninos nos piores cortiços da cidade, estudar seus lares, seu ambiente, sua educação e calcular quantos deles se tornariam criminosos, em virtude da influência do meio. Nesse tempo ainda se acreditava nesse falso axioma: “O homem é produto do meio”. A classe fez a investigação determinada e concluiu que 180 daqueles meninos iriam parar na cadeia. Em seguida o relatório foi catalogado e arquivado. Vinte e cinco anos depois o mesmo professor deu a outra classe a tarefa de localizar esses 200 garotos, agora homens feitos e ver o que havia acontecido a eles. A maioria dos 200 foi localizada. Alguns haviam morrido e somente 4 deles tinham passagem pela polícia. Os outros eram todos cidadãos decentes. Estranhando o acontecido, face às circunstâncias, a investigação prosseguiu. Falando com os rapazes todos mencionaram a influência decisiva de uma professora. Procuraram a professora e encontrando-a trataram de saber como tinha procedido para dar aquela orientação tão segura. A resposta foi simples: “Tudo que fiz foi amá-los, inspirá-los e compreender o que poderiam ser”.